Miguel Arraes e Eduardo Campos são homenageados neste sábado

Neste sábado (13), o aniversário de morte de Eduardo Campos e Miguel Arraes, ex-presidentes do PSB e ex-governadores de Pernambuco, será lembrado com uma série de atividades em Recife e em outras cidades do país. Miguel Arraes faleceu em 2005 e Eduardo Campos em 2014.

Na capital pernambucana, o Instituto Miguel Arraes (IMA) e a Fundação João Mangabeira (FJM), órgão de formação política do PSB, formalizam um convênio para a preservação e divulgação das obras de Arraes.  A assinatura acontece às 10h na sede do instituto.

No mesmo ato, será lançado um blog comemorativo do centenário de Miguel Arraes e o livro “Porto do Renascimento – a última campanha de Arraes”, de autoria do jornalista Marcos Cirano. Ainda haverá a entrega, pela Igreja dos Mórmons, de um estudo sobre a árvore genealógica da família, que será disponibilizado no site Family Search.

“Prestaremos uma homenagem à memória desses dois grandes personagens da história do nosso partido e da história política brasileira, que deram importante contribuição ao desenvolvimento de Pernambuco e do nosso país, sobretudo, fazendo com que a política estivesse sempre voltada aos interesses dos que mais precisam, daqueles a quem o PSB pretende representar, que são a grande maioria do povo brasileiro”, afirma o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, que estará presente nas atividades em Recife.

Às 19h30, na Matriz de Casa Forte, será celebrada uma missa em memória aos dois líderes socialistas.

Doutor Arraes, como era carinhosamente chamado, nasceu em Araripe, interior do Ceará, e construiu sua carreira política em Pernambuco. Foi o grande líder da esquerda brasileira no Nordeste e um dos maiores do Brasil. Teve sua vida pública marcada pelo compromisso com a redução das desigualdades sociais, a melhora das condições de vida no campo, a educação de qualidade e a luta em defesa da democracia brasileira.

Além de Secretário da Fazenda de Pernambuco, Arraes foi deputado estadual e federal, prefeito do Recife e governador por três mandatos. No dia 1º de abril de 1964, em seu primeiro mandato, é deposto pelos militares que inauguravam o período ditatorial no país. É preso em quartéis do Recife e da Ilha de Fernando de Noronha.

Em 1965, parte com a família para o exílio na Argélia, onde permanece por 14 anos. Em 1979, com a anistia, volta ao Recife e não desiste da política. Em 1982, é eleito deputado federal; em 1986, chega pela segunda vez ao governo de Pernambuco. Em 1990, já filiado ao Partido Socialista Brasileiro (PSB), se elege, novamente, deputado federal, desta vez com a maior votação proporcional do país.

Em 1993, é eleito presidente nacional do PSB, cargo que ocupa até 2005. Em 1994, volta ao Palácio Campo das Princesas pela terceira vez. Em 2002, elege-se mais uma vez deputado federal.

Arraes morreu aos 88 anos, no dia 13 de agosto de 2005, no exercício do seu mandato no Congresso Nacional. Em todos os anos de vida pública, deixou um importante legado, especialmente na educação, na área social e no setor rural.

Neto de Miguel Arraes, Eduardo herdou do avô a paixão e a vocação política. Desde muito cedo se dedica à sua formação e capacitação. Em 1986, abre mão de um mestrado nos EUA e atua na campanha de Arraes para o Governo do Estado de Pernambuco. O projeto é vitorioso, e ele acaba nomeado chefe do gabinete do governador.

Desde então, sempre mostrou seu pensamento inovador e sua visão de futuro, características que, aliadas ao carisma, foram sua marca em toda a vida política.

No ano de 1990, Campos filia-se ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e concorre pela primeira vez como deputado estadual. Elege-se e, na Assembleia Legislativa de PE, desempenha um papel de liderança, destacando-se como um dos melhores parlamentares da bancada de oposição.

Com olhar no futuro, Eduardo avança. Decide concorrer a deputado federal e é eleito em 1994, com grande votação – 133 mil votos. De 1996 a 1998 é secretário da Fazenda em novo governo de Arraes em PE. Em 1998 e 2002 reelege-se deputado federal. Depois de se tornar uma das vozes mais respeitadas do Congresso Nacional, o próximo desafio foi comandar o Ministério de Ciência e Tecnologia. Já na política partidária, Eduardo substitui o avô na presidência do PSB, em 2005.

Com experiência e coragem, concorre ao governo de Pernambuco em 2006, elegendo-se com 65% dos votos. Graças a uma gestão inovadora e com resultados concretos em áreas como saúde, educação e segurança, além de um amplo programa de melhoria de gestão e de novos investimentos, Eduardo reelege-se com 82% dos votos válidos.

Nos oito anos como governador, o neto do Dr. Arraes foi eleito por cinco vezes o melhor governador do Brasil e, ao deixar o Palácio do Campo das Princesas, tinha 90% de aprovação.

Em 2014, enfrentou o maior desafio da sua trajetória política: a candidatura à Presidência do Brasil. Percorreu o país apresentando suas ideias e, por onde passava, ganhava a confiança de milhões de pessoas.

No dia 13 de agosto, porém, um acidente aéreo em Santos (SP) resultou na morte do ex-governador e de outras seis pessoas.

Assessoria de Comunicação/PSB Nacional