Renato Casagrande lança livro com orientações para candidatos socialistas
O secretário-geral do PSB e presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, deu início ao segundo dia de atividades do seminário Cidades Inclusivas com o lançamento de seu livro “Compromisso com o futuro – Organização de candidaturas socialistas”, nesta sexta-feira (6), em Brasília.
O autor disse que o livro traça o perfil do que deve ser um candidato socialista, na sua concepção, e indica o que diferencia o PSB dos outros 35 partidos brasileiros. A obra também traz diretrizes básicas para uma campanha e noções de gestão municipal.
No lançamento, Casagrande detalhou cada um dos cinco capítulos do livro. O primeiro trata dos princípios socialistas que devem ser observados pelo candidato. “Compromisso ético, igualdade, liberdade, equidade, sustentabilidade, justiça, responsabilidade social e fiscal. Não existe socialismo sem ética, sem transparência, com corrupção”, ressaltou.
Apontou diferenças entre o candidato socialista e o populista. “Quanto à responsabilidade fiscal, não cabem todas as demandas no orçamento do município. O populismo desorganiza a máquina pública. O socialista gere o dinheiro público com muita responsabilidade e sabe dizer não quando precisa”, afirmou. Para Casagrande, um socialista precisa ser fraterno, acolhedor, ter espírito humanitário e ser auto vigilante, preocupando-se com aqueles que mais precisam, não se deixando influenciar por grupos empresariais poderosos.
No capítulo seguinte, os candidatos aprendem um passo a passo de como montar o Programa de Governo, ou seja, a proposta de contrato do partido com a sociedade, o que compreende todo o período do mandato. “É preciso criar um grupo de trabalho com militantes que tenham conhecimento e auxiliem a elaborar propostas e a articulá-las com a comunidade”, orienta. Ele também propõe a realização de um pré-diagnóstico da situação da cidade para que o candidato saiba quais são as necessidades do cidadão.
“Por fim, acrescenta, redija o programa, prepare um ato político para sua entrega e construa um comitê de apoio para acompanhar a execução das propostas”, sugere o autor. Ainda neste capítulo são elencados alguns indicadores que os candidatos podem utilizar em seus programas.
A indicação de políticas públicas adequadas às urgências populares, que deve pautar o Programa de Governo, é abordada no terceiro capítulo como prioridade. “As pessoas querem mais do que conversa da boca para fora, querem propostas concretas”, afirmou, em áreas como assistência social, educação, saúde, segurança, transporte e reforma tributária.
O quarto capítulo apresenta a metodologia a ser adotada pelos socialistas para governar e organizar a máquina pública. Segundo Casagrande, “ninguém governa sem metodologia. Tem que acompanhar de perto o que está no planejamento estratégico e é prioridade para a população. Tem que ter visão e partir de premissas para atingir os resultados. Um gestor tem que estudar, entender, cobrar e estabelecer prioridades.”
As bandeiras nacionais defendidas pelo PSB fazem parte do último capítulo. “Ainda que as eleições sejam municipais, os candidatos devem atentar a diretrizes nacionais do partido”, afirma. Assuntos como desenvolvimento sustentável, política industrial, desenvolvimento da economia criativa, a reforma do Estado, educação pública e investimento em ciência, tecnologia e inovação são alguns dos temas considerados importantes.
“O município tem que extrapolar seus limites. Não adianta um prefeito estar envolvido nas questões locais e não saber o que o próprio partido defende para o país”, finalizou Renato Casagrande.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional