Publicado 24 de julho de 2021 23:59. última modificação 25 de julho de 2021 00:07.

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“Apesar dos avanços, é preciso muito mais”, diz secretária nacional da NSB, em Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha

“É preciso mais protagonismo nessa luta por liberdade, poder, melhores condições financeiras e empoderamento de negras e negros e, principalmente, resistência à segregação racial velada que a sociedade brasileira impõe.” A análise é da presidente da Secretaria Nacional da Negritude Socialista Brasileira do PSB, Valneide Nascimento dos Santos, no Dia da Mulher Negra Latina e Caribenha, comemorado neste domingo, 25 de julho. Para ela, a data reforça a luta e a opressão ao gênero e, apesar de reconhecer os avanços, acredita ser necessário vencer muitas barreiras.

O Dia da Mulher Negra, Latina e Caribenha foi criado em 1992, no Primeiro Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, que aconteceu na República Dominicana, com intuito de trazer visibilidade e dar voz às mulheres negras e suas lutas contra opressão, exploração, violência e racismo. No Brasil, a data homenageia, também, a líder quilombola Tereza de Benguela, símbolo da luta e resistência do povo negro.

Valneide reforça essa luta e o poder de construção e organização de Tereza, que servem como um espelho da vida de tantas mulheres negras no Brasil até hoje. “Somos sujeitos históricos de memória e patrimônio científico, artístico, material e imaterial incomparáveis e, como mulheres negras em diásporas, temos nos organizado para disputar epistemologias que nos representem. Chegamos até aqui porque as que vieram antes não abriram mão daquilo que parecia inalcançável: construir e ocupar outros lugares”, declara.

Atuante nos debates da autorreforma, ela destaca as pautas que tratam da emancipação e empoderamento na construção de um partido socialista democrático, que luta por igualdade e oportunidade para todos. “Nossa prioridade é preparar e identificar lideranças negras para futuros candidatos em 2022. Já estamos nos organizando para o congresso do PSB em todos os municípios e Estados para, em abril do próximo ano, realizarmos o Congresso Nacional dos segmentos organizados do PSB e do próprio partido. O que queremos, de fato, é ocupar o poder”, afirma Valneide.

Sobre sua trajetória, Valneide se orgulha em dizer que é a história de uma mulher negra, quilombola que sempre acreditou na educação como meio de transformação e na política como ocupação de poder. “Estou como dirigente da Negritude Socialista Brasileira do PSB com muito orgulho, garra, luta, determinação e foco no futuro e na inovação tecnológica. Nossos parabéns a todas as mulheres negras, latinos e caribenhas socialistas.”

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