Eduardo Campos é homenageado em sessão solene na Câmara dos Deputados

Diversas histórias, músicas e poesias. Dessa forma, familiares, amigos, parlamentares, lideranças políticas e admiradores homenagearam o líder socialista, Eduardo Campos. A cerimônia aconteceu nesta quarta-feira (12), em sessão solene na Câmara dos Deputados, dois dias após a data em que o ex-governador de Pernambuco completaria 50 anos de idade.

A semana está marcada por celebrações. A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) realizou sessão solene nesta terça-feira e um ato no Recife reuniu lideranças políticas, na segunda-feira, para homenagear Eduardo.

Autor do requerimento para realização da sessão solene, o deputado Luiz Lauro Filho (PSB-SP) citou a esposa do pernambucano, Renata Campos, para lembrar que essa é uma homenagem para comemorar a vida de Eduardo, que deixou um importante legado para o País. “Eu quero agradecer a Eduardo Campos, que continua vivo em nossos corações e nos deixou essa frase que ecoa pelo País: não vamos desistir do Brasil”, disse.

O líder da bancada do PSB na Câmara, deputado Fernando Coelho Filho (PE), destacou as habilidades do socialista. “Antes de Eduardo se revelar um grande gestor, foi neste Plenário, nesta Tribuna, que o Brasil conheceu a sua capacidade de articular, aglutinar, de conversar, de juntar as pessoas para poder fazer com que o País superasse as dificuldades”, contou.

Fernando Filho também ressaltou a responsabilidade dos parlamentares socialistas ao representar o ex-líder. “Não sei qual papel estaria ocupando hoje se vivo estivesse. Mas tenho certeza que ele seria o ator principal da cena política do nosso País neste momento”, disse.

Para o presidente do PSB, Carlos Siqueira, Eduardo Campos não era apenas uma liderança, um deputado ou um bom gestor. Ele era, antes de tudo, um grande político. “Ele nunca renunciou à política, aos compromissos, nunca deixou de sonhar com o Brasil, nunca deixou de ter a utopia de um projeto para o Brasil que unia uma visão de desenvolvimento econômico com uma visão de desenvolvimento social”, destacou.

Presidente da Fundação João Mangabeira, Renato Casagrande, lembrou a importância de Eduardo Campos para a vida política e pública brasileira. “Eduardo poderia estar presente numa hora difícil como esta, trabalhando pelo equilíbrio com responsabilidade. Mas Deus traçou outro destino para Eduardo Campos. O que o torna imortal é a sua obra, é o seu pensamento. Mesmo ausente fisicamente, Eduardo manteve sua presença entre nós.”

Durante a cerimônia, foi lançada pela Fundação a linha do tempo da vida de Eduardo Campos, que pode ser vista pelo site www.vivaeduardocampos.com.br, além de uma coleção de livros com a coletânea dos discursos de Eduardo enquanto governador de Pernambuco, organizados pelo jornalista Evaldo Costa. “Vamos passando na linha do tempo os principais momentos da vida de Eduardo, da sua contribuição. É um grande resgate para que possamos ter na história e na atitude de Eduardo sempre uma referência para todos nós que desejamos fazer a boa política”, disse Casagrande.

João Campos, segundo filho de Eduardo, representou a família ao falar da Tribuna e relembrou a trajetória política do seu pai, que foi deputado federal por três mandatos, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por duas vezes consecutivas. Ao acompanhar os questionamentos sobre o que faria Eduardo diante do contexto em que vivemos hoje, João afirmou que “ele certamente lhes diria que não deixassem de acreditar na força do povo, na capacidade que tem de superar desafios, que não abandonassem a esperança, que não permitissem que o desânimo vencesse a crença no futuro”.

Ao final da homenagem, todos cantaram Madeira do Rosarinho, música que embalava as campanhas do socialista por Pernambuco e entoaram com saudade: “Viva Eduardo!”

Moreno Nobre