Eduardo Campos, o combatente vigoroso por uma sociedade mais justa

Dois anos após o seu falecimento, o legado político do ex-governador Eduardo Campos mantém-se como inspiração a milhões de brasileiros e, em especial, aos socialistas do PSB. Nesta quarta-feira (10), Campos completaria 51 anos, data que será lembrada em uma série de eventos no país.

Expoente de uma nova geração de políticos brasileiros, Eduardo Campos construiu uma trajetória política incomum. Em pouco mais de 30 anos, o economista formado pela Universidade Federal de Pernambuco foi deputado estadual e federal, secretário de Estado, governador reeleito e ministro da Ciência e Tecnologia.

Nascido no Recife, Eduardo Campos era filho do poeta e cronista Maximiano Accioly Campos e da ex-deputada federal e atual ministra do Tribunal de Contas da União Ana Lúcia Arraes de Alencar, e irmão do advogado e escritor Antônio Campos. Casado com a economista Renata de Andrade Lima, teve cinco filhos: Maria Eduarda, João, Pedro, José e Miguel.

Presidiu o PSB entre 2005 e 2014, quando se tornou candidato à presidência da República, projeto interrompido na manhã do dia 13 de agosto por um acidente aéreo, em Santos (SP).

“Hoje, ao pensar no aniversário de Eduardo, chego à conclusão de que apenas com o tempo aprendemos a não lamentar o que perdemos e sim a agradecer pelo que tivemos. De saída, portanto, o fato de que ele nos tenha deixado tanto, em alegria e esperança, em ações concretas, é algo de muito reconfortante”, afirma o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira.

De acordo com Siqueira, Campos foi herdeiro de uma tradição democrática e popular, cuja grande referência é o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, seu avô e um dos principais líderes populares do país, afirma Siqueira, que acompanhou desde o início a trajetória do amigo e companheiro de partido.

“Por essa tradição, Eduardo levou sobre os ombros os anseios de gente simples, que almejava emancipar-se da miséria e do mandonismo. Era herdeiro de uma tradição, de uma civilização por construir, que também veio a legar e que nos torna ricos, mesmo que essa riqueza seja a de não nos conformarmos com o mundo e com o lugar que ele quer atribuir aos que são vitimados pela exclusão, em suas muitas dimensões”, diz Siqueira.

Ele sonhava com um país desenvolvido e igualitário, com oportunidade para todos, e acreditava ser possível fazer essa transformação em nosso país, lembra Siqueira. “Esse sonho de liberdade e emancipação nos orienta a todos nós, socialistas, e deve seguir a inspirar muitos brasileiros”.