Os legados de Eduardo Campos e Miguel Arraes
Era uma quarta-feira chuvosa de 2014, 13 de agosto. Dia trágico que ficou marcado na memória de todos os brasileiros. O Brasil perdia Eduardo Campos, então candidato à Presidência da República, com a queda de um avião em Santos (SP), depois de decolar do Rio de Janeiro. Com ele, morreu o sonho de se ter um Brasil melhor, mais justo e igualitário.
Eduardo Campos ia cumprir a primeira agenda de campanha em Guarujá, onde o esperava o ex-governador de São Paulo e presidente da Fundação João Mangabeira, Márcio França (PSB-SP), que relembra os momentos de grande angústia na espera do amigo e, depois de confirmada a informação da morte, a profunda tristeza e consternação pela perda irreparável.
Quis Deus que ele morresse no mesmo dia do avô, outro ícone do PSB, Miguel Arraes. Com 49 anos, Eduardo Campos deixou a esposa e cinco filhos, sendo um deles, João Campos, hoje prefeito do Recife.
Líder articulado e agregador, Eduardo começou na militância ainda na Universidade Federal de Pernambuco, onde se formou em Economia. Entrou no PSB em 1990, quando se elegeu deputado estadual. Atuou como deputado federal por três mandatos, foi ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por duas vezes consecutivas.
Mais que uma referência na política nacional, Eduardo Campos nos deixa a eterna chama da luta por um mundo melhor.
MIGUEL ARRAES – Avô de Eduardo Campos, Miguel Arraes, também ex-governador de Pernambuco, faleceu em 13 de agosto de 2005, aos 88 anos, vítima de infecção respiratória, agravada por uma insuficiência renal.
Arraes foi prefeito do Recife, deputado estadual, federal e governador do Estado por três vezes. Marcou sua trajetória pela inclusão dos mais necessitados do campo e das cidades. Na época do golpe militar de 1964, estava à frente do governo estadual, sendo preso, deposto e exilado por 14 anos.
A Fundação João Mangabeira se orgulha de ter esses exemplos como legado!