Publicado 2 de dezembro de 2021 11:01. última modificação 6 de dezembro de 2021 14:14.

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PSB e FJM discutem impacto da pandemia na Segurança Pública

O encontro ‘O impacto da pandemia na segurança’, realizado virtualmente na última terça-feira (30/11), encerrou o ciclo de debates iniciados em março deste ano pelo PSB de Osasco e a Fundação João Mangabeira (FJM), com objetivo de estimular o debate de Autorreforma do PSB.

Promovido pelo professor Mário Luiz Guide, diretor nacional da FJM, o evento contou com a participação do ex-governador de São Paulo e atual presidente nacional da FJM, Márcio França; do tenente-coronel Paulo José Ribeiro, membro do Comando de Operações Especiais (COE) e do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da Polícia Militar; da delegada Raquel Gallinati, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo; da presidente do PSB de Osasco, professora Tereza Santos, e do vereador Julião (PSB/Osasco).

De acordo com o tenente-coronel Ribeiro, a pandemia da Covid 19 impactou de forma avassaladora os profissionais da segurança pública, categoria que atua na chamada ‘linha de frente’, trabalhando em contato direto com a população.

Ele contou que, no auge da pandemia, faltavam equipamentos de uso individual (máscaras, luvas, álcool em gel) e treinamento específico para esses profissionais. “Enquanto a comunidade se resguardava em suas casas, policiais civis, militares, guardas municipais, bombeiros e policiais federais estavam na rua, expostos ao vírus e com risco de levar a contaminação aos seus familiares e amigos.”

Informou, ainda, que em 2020 morreram no Brasil 716 policiais, sendo 472 vítimas da Covid, contra 194 de homicídio e 50 de suicídio. “Além disso, 30% de todo o efetivo, cerca de 150 mil trabalhadores da segurança, foram afastados por Covid ao longo de 2020”. O aumento no número de suicídios entre as policiais femininas também foi registrado durante a pandemia, segundo o tenente.

Na avaliação da delegada Raquel, São Paulo vive uma crise na segurança pública que perdura há mais de 30 anos, tendo como principal causa a falta de implementação de políticas públicas de segurança por parte dos governos. “Aqui em São Paulo, apesar de o governo do Estado informar que houve uma diminuição nos índices de criminalidade, a gente sabe que não passa de marketing falacioso”, ressaltou a delegada que informou existir na polícia de São Paulo um déficit de mais de 15 mil efetivos, além da falta de viaturas e manutenção dos prédios.

Para ela, os governos de São Paulo não veem como prioridade a segurança da população. “Poderíamos ser hoje o Estado mais seguro da Federação, da América Latina, porque nós exportamos inteligência, nós exportamos conhecimentos das nossas polícias”, disse Raquel, que espera ver o ex-governador Márcio França novamente no comando do Estado, por acreditar que ele tem um projeto muito bem estruturado para a segurança pública de São Paulo. “Nós temos conversado com o ex-governador Márcio França, temos apresentado a ele demandas e propostas, inclusive de uma reestruturação da polícia civil. Toda a sua ideia de segurança pública é muito bem desenhada, não é uma ideia superficial, baseada em marketing falacioso, é uma ideia real de solucionar a segurança pública”, finalizou, esperançosa, a delegada

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